segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Quem não se comunica, se trumbica!


Felipe Furlanetti
Beatriz Buck

Todos podem falar bem. É só querer. Foi a partir deste ponto de vista que teve início o segundo dia de palestras do 1º Fórum de Integração do Conhecimento do Isca Faculdades. O encontro pertence ao curso de Empregabilidade e foi comandado pelo pedagogo Ari Camolesi. Especialista em Recursos Humanos e Marketing Pessoal pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ele abordou o tema “Oratória e Comunicação”.

Para provar que uma boa comunicação depende mais de si próprio que de recursos tecnológicos, Camolesi utilizou somente um microfone para amplificar sua voz durante a palestra. Mais de 150 pessoas compareceram ao encontro. “A comunicação evoluiu muito em recursos tecnológicos, mas continua sendo um problema na sociedade, e o que importa para se ter uma boa comunicação são as pessoas, os recursos apenas auxiliam”, afirma.

Para ele, falar em público é um momento de glória, em que todos estão olhando para você. “Isto é um requisito para o sucesso, pois diferencia as pessoas e abre portas”, comenta.

Indo além, o palestrante cita que a comunicação é a junção de duas palavras: ação e comum, que já definem seu conceito. No entanto, para conquistá-la é preciso três requisitos básicos. São eles: percepção/sensibilidade, expectativa/concordância e exigência/prontidão. Outra dica de Camolesi são os quatro conceitos da comunicação, denominados de “4Cs” (comunicar, convencer, conquistar e co-responsabilizar).

Ele recitou ainda um pensamento do filósofo Aristóteles, que diz que a “a arte da retórica é a faculdade de ver teoricamente o que pode ser capaz de gerar a persuasão”, ou seja, a capacidade de ter ideias para convencer os outros.

Seguindo este princípio, ele diz que o sucesso está na hora do preparo, quando se está montando um trabalho. “Uma casa somente fica pronta quando se termina a planta, pois na hora da construção é só segui-la”, compara. “Falar bem não é um milagre, é uma chance de acreditar em si mesmo”, emenda.

Para exemplificar os seus argumentos, ele pediu ajuda para dois espectadores. Cada um representou um orador, sendo um real e outro imaginário. Diante disso, ele comentou que o primeiro é aquele que está lá e fala, e o segundo somente aparece quando termina de falar e fica questionando o que foi dito. “É preciso neutralizar o imaginário”, orienta.

No entanto, é bom ficar atento. Para finalizar sua palestra, Camolesi disse que segundo a oratória, há cinco formas de fracassar no processo de comunicação: errar o conteúdo; não se desenvolver de forma correta; não ter razões para se falar; dizer na hora errada e não ter finalidade naquilo que se diz. “Ou seja, todos podem falar bem. É só querer!”, finalizou.

Aluna do 8º semestre de Administração, Juliana dos Santos, de 26 anos, saiu satisfeita do curso e disse pôde aprender novos conceitos para sua formação profissional. “A palestra foi bem dinâmica. O conteúdo a gente até que sabe, mas é sempre bom ouvir, sempre tem algo a contribuir.”, fala.

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