Bruno Arcaro Bortolan, criador do PodcastOne
Callebe Bueno
Thiago Machado
Seguindo com o segundo dia de palestras do curso de Novas Mídias no Contexto Social, o convidado da noite, Bruno Arcaro Bortolan, fundador e diretor do PodcastOne, o maior portal de podcasting do país, comentou sobre as características atuais das mídias na relação com o público e as novas tendências da área. Mas o que seria podcast? Esta ferramenta poderia contribuir na geração de novos conteúdos na internet?
“O podcast nada mais é do que um rádio na internet”, explica Bortolan. A diferença é que ele pode ser feito por qualquer um, de pessoas a empresas que queiram investir neste meio. E características positivas não faltam a esta ferramenta: o conteúdo está totalmente sob controle do usuário; proporciona a segmentação do público alvo, no qual qualificação e abrangência andam lado a lado (fator importante na publicidade); não possui limitações de espaços e conteúdos; baixo custo, diferentemente do rádio normal.
Outro ponto importante, que pode fazer o podcast se tornar mais popular ainda, é a grande quantidade de jovens que acessam e se socializam via internet. O Ibope aponta que em 2008, 31% do público que acessava a internet era jovem, e este número tende a aumentar ainda mais. “Em média o jovem consome 5,4 canais de comunicação (rádio, TV, internet, etc.) ao mesmo tempo. Ele conversa pelo messenger, assiste TV, ouve música e ainda consegue ‘tuitar’ (Twitter)”, diz Bortolan. E as crianças não ficam pra trás. “Cada vez mais vemos crianças entrando e se socializando nesse meio”, comenta.
Com a Web 2.0, cujo conteúdo é produzido pelos usuários, as possibilidades são muitas: a conectividade tornou-se diária (24 horas on line), os meios e as plataformas multiplicaram-se (hoje tudo é 'multi'), os conteúdos são ilimitados, a proliferação em escala industrial de perfis espalhados nas mais variadas redes sociais, ou seja, tudo é mensurável nesse mundo paralelo que tornou-se a internet. “E é por isso que os profissionais e as empresas, principalmente na área de comunicação, necessitam de uma grande capacidade de adaptação às novidades tecnológicas. Isso é fundamental”, crava Bortolan.
Apesar do otimismo em relação às tecnologias virtuais e as multi possibilidades oferecidas pelas plataformas, o futuro ainda não está claro para Bortolan. “Não se tem certeza de quais ferramentas irão vingar. Hoje, tudo está mudando e sendo transformado da cabeça aos pés”, diz um pouco relutante. Na era das grandes corporações, das grandes empresas e das grandes marcas, a certeza é uma só. Elas crescerão ainda mais e irão comprar tudo.
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