Callebe Bueno
Thiago Machado
Renato Frigo, antenado publicitário (um dos diretores da Clic Interativa) e professor universitário do ISCA Faculdades, fechou a última noite de palestras do curso de Novas Mídias no Contexto Social com o tema: “O futuro da Comunicação e as Mídias Digitais”. Com sua visão e experiência no mercado, o palestrante comentou a realidade já existente das novas tecnologias virtuais e deu um parecer sobre o que teremos no futuro. “Filmes como Minority Report (2002) vão ser a realidade daqui a alguns anos. Estamos caminhando para isso”, afirmou. Mas como?
Com o desenvolvimento de aplicativos tecnológicos tendo como suporte a inteligência coletiva, ou seja, quanto mais usada, mais aperfeiçoada a ferramenta fica, a interatividade com o mundo virtual será uma experiência extremamente sensorial, assim como acontece no filme citado. “As crianças serão muito mais interativas no futuro”, diz Frigo. A verdadeira revolução digital está para chegar. “Quem tem nove anos hoje (nascidos em 2000), já consegue adquirir informações das mídias digitais e, quando essa geração chegar aos 15 anos, teremos uma revolução digital”, afirma.
A tecnologia não para, e quem não acompanhar toda a efervescente onda de novidades tecnológicas que surgem a cada dia, será um excluído. A inclusão digital é primordial. “A revolução tecnológica acaba com as classes sociais, o ‘pobre’ será aquele que não tiver uma simples conexão. O canal de TV mais visto na favela da Rocinha é o Discovery Chanel, por exemplo. Precisamos parar e rever os conceitos”, diz Frigo.
Contudo, um dos males desta revolução é o comodismo que a tecnologia traz para seus usuários. Estamos ficando preguiçosos. “Antes nós tínhamos a capacidade de guardar muita coisa e hoje recorremos às memórias eletrônicas. Tenho só três números de telefone guardados na cabeça, estou ‘frito’ se eu perder meu celular”, comenta Frigo com bom humor.
A atual velocidade da geração de notícias, também nos faz perder a capacidade de ‘segurar’ a informação. Hoje é praticamente impossível não deixar rastros na comunicação. “As pessoas cada vez mais estão gerando conteúdo. Se eu mandar um e-mail para uma única pessoa, vou deixar cópias desse conteúdo nos servidores, e a informação se espalhará”, diz Frigo. As mídias digitais têm muito poder. “Através dessas mídias conseguimos nos perpetuar, porque tudo o que escrevemos (em fóruns, e-mails, redes sociais, etc.) ficará guardado. Deixamos um rastro de nossas existências”, filosofa o publicitário.
Renato falou sobre as mídias atuais e as mídias futuras com todos os benefícios e cuidados a serem tomados, foi demais.
ResponderExcluirParabéns!