sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Cooperativismo encerra o terceiro dia de palestras do curso de Empreendedorismo

Gustavo Nolasco
Mariana Antonella

Com o tema cooperativismo, a última palestra do Fórum do curso de Empreendedorismo começou tarde e terminou cedo. A professora Fabriza Bego Bueno esclareceu dúvidas e falou sobre como funcionam as cooperativas. Ela explicou que essas associações normalmente se formam por grupos de pessoas que se reúnem para adquirir uma igualdade de direitos e divisão de rendas justas. Aliás, esse é o grande diferencial das cooperativas com relação ao sistema privado. A democracia dentro dessas associações acontece através de assembléias, onde todos votam sobre como agir. Dessa forma, os lucros são divididos igualmente.

A professora explicou que existem muitos tipos de cooperativas, mas na região de Limeira elas são em grande parte populares. Normalmente são criadas por trabalhadores que muitas vezes estão desempregados e à mercê do mercado de trabalho. “Nessas cooperativas os trabalhadores são economicamente marginalizados e o trabalho principal é a força que eles têm”, fala.

Fabriza utilizou como exemplo uma cooperativa de Limeira criada em 2002. Os associados receberam apoio da Prefeitura, que cedeu o barracão, caminhão e motorista. Assim, com o passar dos anos, quem antes arrecadava por mês cerca de R$ 80,00 trabalhando sozinho, hoje, cooperado, consegue ganhar entre R$ 350,00 e R$ 400,00. Em junho de 2005 surgiu a Cooceres (Central de Reciclagem Solidária), que veio para ajudar esses trabalhadores melhorando seu trabalho.

Para se criar uma cooperativa é preciso ter no mínimo três pessoas. Para se filiar, o interessado deve possuir o que Fabriza chama de cota parte, ou seja, uma quantia em dinheiro para ajudar nos custos do empreendimento. “Se um associado entrar com uma renda maior que o outro, os valores serão divididos de forma igual entre todos os participantes envolvidos”, conta.

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