Garantia do trabalho para deficientes depende de olhar diferenciado da sociedade
Lilian Geraldini
Roxane Regly
Rodrigues participou, em 21 de outubro, da mesa redonda “Inclusão e Trabalho”, durante o curso de Inclusão, promovido no Fórum de Integração do Conhecimento. Juntamente com ele esteve o professor Joaquim Lazari, vice-presidente da Associação Integrada de Deficientes e Amigos (Ainda) e presidente do Conselho Municipal de Direitos das Pessoas com Deficiência (CMDPD).
O coordenador do CHTP destacou a necessidade de engajamento da comunidade para incluir as pessoas com deficiência em ações simples do dia a dia: “Não adianta simplesmente construir rampas, é preciso mudar o pensamento da população”. Segundo ele, em primeiro lugar deve-se acabar com os estereótipos e pré-concepções sobre a pessoa com deficiência. Alguns termos como “deficiente” e “portador de necessidade especiais” devem ser eliminados. “Eles remetem a alguém incapaz e generalizam”, disse.
Adriana Motta, diretora de uma escola municipal de Limeira, assistiu à mesa redonda. Ela disse que utilizará o conteúdo aprendido durante o debate. “Esse tipo de discussão ajuda a ampliar nosso espectro de reflexão”, comentou.
LEI DE COTAS
Para garantir a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, existe há 18 anos a Lei 8.213/91, que determina a quantidade exigida de profissionais com deficiência nas empresas, de acordo com o seu número total de funcionários.
De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2007, dos 37,6 milhões de vínculos empregatícios no Brasil, 348 mil são ocupados por pessoas com deficiência, ou seja, menos de 1%. Destes, metade tem alguma deficiência física, 28% auditiva, 2% visual, 2,5% intelectual, 1,7% alguma deficiência múltipla e 14% são pessoas reabilitadas – que sofreram acidente dentro da empresa e voltaram a trabalhar.
O estado de São Paulo, nesse sentido, é o que mais emprega pessoas com deficiência de todo o Brasil, o equivalente a 39,7%.
Assista entrevista com os professores José Luiz Rodrigues e Joaquim Lazari:
Assista entrevista com os professores José Luiz Rodrigues e Joaquim Lazari:
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