terça-feira, 27 de outubro de 2009

Na sexta-feira, 23 de outubro, o Isca Faculdades encerrou o I Fórum de Integração do Conhecimento. Na ocasião, a palestra final sobre motivação com Jamiro da Silva Wanderley pode ser assistida por alunos de todos os cursos.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Quem não se comunica, se trumbica!


Felipe Furlanetti
Beatriz Buck

Todos podem falar bem. É só querer. Foi a partir deste ponto de vista que teve início o segundo dia de palestras do 1º Fórum de Integração do Conhecimento do Isca Faculdades. O encontro pertence ao curso de Empregabilidade e foi comandado pelo pedagogo Ari Camolesi. Especialista em Recursos Humanos e Marketing Pessoal pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ele abordou o tema “Oratória e Comunicação”.

Para provar que uma boa comunicação depende mais de si próprio que de recursos tecnológicos, Camolesi utilizou somente um microfone para amplificar sua voz durante a palestra. Mais de 150 pessoas compareceram ao encontro. “A comunicação evoluiu muito em recursos tecnológicos, mas continua sendo um problema na sociedade, e o que importa para se ter uma boa comunicação são as pessoas, os recursos apenas auxiliam”, afirma.

Para ele, falar em público é um momento de glória, em que todos estão olhando para você. “Isto é um requisito para o sucesso, pois diferencia as pessoas e abre portas”, comenta.

Indo além, o palestrante cita que a comunicação é a junção de duas palavras: ação e comum, que já definem seu conceito. No entanto, para conquistá-la é preciso três requisitos básicos. São eles: percepção/sensibilidade, expectativa/concordância e exigência/prontidão. Outra dica de Camolesi são os quatro conceitos da comunicação, denominados de “4Cs” (comunicar, convencer, conquistar e co-responsabilizar).

Ele recitou ainda um pensamento do filósofo Aristóteles, que diz que a “a arte da retórica é a faculdade de ver teoricamente o que pode ser capaz de gerar a persuasão”, ou seja, a capacidade de ter ideias para convencer os outros.

Seguindo este princípio, ele diz que o sucesso está na hora do preparo, quando se está montando um trabalho. “Uma casa somente fica pronta quando se termina a planta, pois na hora da construção é só segui-la”, compara. “Falar bem não é um milagre, é uma chance de acreditar em si mesmo”, emenda.

Para exemplificar os seus argumentos, ele pediu ajuda para dois espectadores. Cada um representou um orador, sendo um real e outro imaginário. Diante disso, ele comentou que o primeiro é aquele que está lá e fala, e o segundo somente aparece quando termina de falar e fica questionando o que foi dito. “É preciso neutralizar o imaginário”, orienta.

No entanto, é bom ficar atento. Para finalizar sua palestra, Camolesi disse que segundo a oratória, há cinco formas de fracassar no processo de comunicação: errar o conteúdo; não se desenvolver de forma correta; não ter razões para se falar; dizer na hora errada e não ter finalidade naquilo que se diz. “Ou seja, todos podem falar bem. É só querer!”, finalizou.

Aluna do 8º semestre de Administração, Juliana dos Santos, de 26 anos, saiu satisfeita do curso e disse pôde aprender novos conceitos para sua formação profissional. “A palestra foi bem dinâmica. O conteúdo a gente até que sabe, mas é sempre bom ouvir, sempre tem algo a contribuir.”, fala.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Palestra final debate problemas ambientais na região

Fábio Gianfratti
Liandra Santarosa

A palestra que encerrou o minicurso de Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, na quinta-feira, 22 de outubro, foi ministrada pelo professor da Faculdade de Tecnologia da Unicamp (CESET) e tecnólogo em engenharia sanitária, Adilson Rossini.

O tema abordado foi “Ações da Agência Ambiental em Limeira”, da qual o palestrante é responsável. Foram discutidos assuntos como poluição das águas da região de Limeira, esgoto sanitário, tratamento de esgoto do Ribeirão Tatu e resíduos sólidos, entre outros.

De acordo com Rossini, Limeira produz 160 toneladas de resíduos sólidos por dia e apenas 1,5% desse material é reciclado.

As três palestras ocorridas ao longo do minicurso colocaram em pauta o problema da galvanoplastia (processo utilizado na prateação, na niquelagem e na cromagem de jóias) em Limeira.

Minicurso Gestão de Políticas Públicas e Sociais encerra com palestra sobre saúde

Liandra Santarosa
Néliane Simioni


O encerramento do minicurso de Gestão de Políticas Públicas e Sociais traria como tema “A nova sociedade civil e seu papel estratégico para o desenvolvimento”, com o sociólogo e professor da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, Petrônio de Souza. Porém, ocorreram alguns imprevistos.
Por motivos profissionais, o palestrante da noite não pôde comparecer e, para substituí-lo, foi convidado o secretário municipal da saúde de Santana de Parnaíba, Tales Garcia dos Santos, que falou sobre políticas públicas para a saúde.

Tales discutiu sobre o paradoxo que o Sistema Único de Saúde (SUS) vive atualmente. “Para transplantar um fígado no paciente, o SUS tem que pagar ao Hospital Albert Einstein para realizar a tarefa, sendo que esse hospital é um dos mais caros de São Paulo. O serviço público deveria se igualar ao privado”, afirma.

Outra questão abordada foi a importância da medicina preventiva nos pacientes. “As mulheres, por exemplo, só vão ao ginecologista quando estão com algum problema. É preciso conscientizar melhor a população nesse sentido”, comentou o palestrante.

Sobre a terceirização do serviço público de saúde, Tales se diz contra: “Não sou a favor, acho que o Brasil deveria insistir em fazer a coisa certa”.
Para a professora de sociologia Eliana De Gasperi, fora válidos os três dias do minicurso. “Aprendi muito com os palestrantes e alunos, com as ideias que concordo e discordo. Quem participa de um curso de políticas públicas quer debater opiniões”, diz.

Crítica

O último dia de palestra também apresentou o descontentamento de alunos participantes com a organização do curso. Estudantes dos cursos de Serviço Social e de Jornalismo demonstraram, ao discursarem aos presentes, estar insatisfeitos com o atraso das palestras, com o não seguimento da grade de palestrantes e com a vinculação do minicurso somente à Fundação João Mangabeira, ligada ao PSB (Partido Socialista Brasileiro).

De acordo com a aluna Elaine Siqueira, do 6º Semestre de Serviço Social, a troca de palestrantes sem aviso e o atraso das palestras representaram uma “falta de consideração e respeito com os alunos que se inscreveram para o curso de Gestão de Políticas e Públicas e Sociais”.

Inversores de frequência é tema do último dia do curso de Automação Industrial

Fábio Gianfratti

A última palestra do Fórum de Integração do Conhecimento para o Curso de Automação Industrial, realizada na quinta-feira (22), contou com a participação do Engenheiro Márcio Rosa, abordando a temática "Inversores de Frequência". O palestrante trabalha na WEG Automação, uma das maiores empresas no setor de Automação Industrial do país.

Rosa iniciou sua explanação relatando a história da empresa e seu crescimento dentro do setor. Segundo ele, a WEG trabalha em quatro segmentos, sendo três voltados para a área industrial (fabricação de motores, energia e automação) e um para a área química (tintas). Relatou também algumas curiosidades da sua trajetória profissional.

A abordagem do tema foi realizada com linguagem simples, atingindo tantos os profissionais da área quanto leigos. Foram apresentados sistemas de partidas de motores (partida direta, partida estrela triângulo, chave sof-starters e inversores de frequência). Entre esses elementos, são retratadas as características técnicas, maneira de utilização, instalação, configuração e aplicação prática. Ao finalizar mostrou os produtos da linha WEG que contemplam o assunto.

A importância da comunicação no poder das marcas

Ivan Costa e Tamires Gonçalves

“Para trabalharmos com comunicação temos que ter pique e empolgação”, acredita o dono da Kazamarca e palestrante do 1º Fórum de Integração do Conhecimento, Adolpho Gutierrez, que ministrou, no último dia do evento, palestra com o tema Construção e Evolução das Marcas.

Gutierrez encerrou o terceiro dia do fórum proporcionando uma dinâmica ao público presente. Mostrou a importância de uma marca ser identificada e aconselhou a procura de profissionais da comunicação para produzirem algo com qualidade e conceito para sua empresa.

O palestrante ressaltou também a importância das mensagens produzidas pelos meios de comunicação, que devem ser bem feitas para chegar aos ouvidos dos consumidores sem nenhum problema.

Dados sobre as grandes marcas também foram passadas pelo palestrante. Elas foram avaliadas como as mais valiosas do mundo e divulgadas: a marca Google avaliada em 66,3 bilhões de dólares (Fonte: Final Times 2007), a mais cara do mundo, e no Brasil, Itaú avaliada em 8,076 bilhões de reais (Fonte: Consultoria Interbrand).

O 1º Fórum de Integração do Conhecimento marcou o palestrante, pois é uma iniciativa que envolve todas as áreas. “Gostei de participar, me surpreendi com o volume de alunos, além de tratar temas um muito interessantes”, diz Gutierrez.

Para o aluno Murilo Galvão, aluno do 6º semestre de Publicidade e Propaganda, o evento serviu para aumentar muito o seu conhecimento. Segundo estudante, Gutierrez soube “dirigir” bem o tema,“o fato dele ter começado com uma dinâmica foi legal e conseguiu envolver a classe”, comenta.
Na sexta-feira (23), uma grande festa acontecerá na quadra para finalizar a semana de estudos. O grupo Em cima D`hora vai ser responsável pela animação dos presentes.

Aprendendo a viver com a deficiência



Lilian Geraldini
Roxane Regly

Terceiro dia do curso de inclusão é marcado por
emocionantes histórias de vida e deficiências


Pessoas com com diferentes idades e ideais, mas tendo em comum a história de suas vidas e um sonho: alcançar a aceitação da sociedade. O último dia de atividades do curso de Inclusão, realizado no dia 22, teve como foco o depoimento de vida de quatro deficientes – dois físicos, um auditivo e uma visual – e a mãe de uma menina com Síndrome de Down.



José Cláudio Araújo dos Santos, 37, e Claudinei Diotto, 31, ambos deficientes físicos, Alexssandro Silva da Fonseca, 23, deficiente auditivo, Vanessa Cristina Moura Rodrigues, 28, deficiente visual e Edilaine Shenke, 42, mãe de Luiza, que tem Síndrome de Down, contaram um pouco de suas experiências no mundo de pessoas tidas como “diferentes”.

O primeiro teve paralisia infantil aos três anos de idade. José Cláudio Araujo dos Santos, porém, só conseguiu uma cadeira de rodas aos 14. Após completar 10 anos começou ir à escola, engatinhando e com uma sacola de cadernos pendurada no pescoço. Entretanto, hoje se orgulha de trabalhar, ter conquistado casa própria, carro e constituir família. Um de seus filhos já tem 17 anos. “As pessoas olham para o ‘aleijado’ e não para o ser humano que está sentado na cadeira de rodas. O que falta na sociedade é o sentimento de amor”, afirmou.

ALEXSSANDRO
Dificiente auditivo, Alexssandro contou, com o auxílio da intérprete da Língua Brasileira dos Sinais (Libras), Ana Paula Castello, que desde que nasceu teve muitos problemas, como raquitismo e queda de cabelo. Somente aos três anos, a mãe percebeu que chamava e o filho não atendia.

Detectou-se então que o garoto tinha 0% de audição. Na escola vieram as dificuldades, pois as professoras o ignoravam e não davam a apoio e atenção. Com a ajuda de amigos de sala, para quem ensinou a Libras, e especialmente da mãe, Alexssandro foi aos poucos aprendendo a escrever. Atualmente, Alexssandro cursa Letras-Libras na Unicamp, para ensinar a língua a outras pessoas. “Os surdos também são capazes, têm coração e são iguais a todos”, acrescentou com sinais para Ana Paula.


VANESSA
Há seis anos Vanessa não enxerga. Desde pequena tinha a visão turva, mas, após realizar um transplante de córnea, que tinha 80% de chances de dar certo, ficou cega. Ela revelou que tentou se suicidar duas vezes, desiludida com a vida que levava após perder a visão, e quase foi internada em um manicômio.

“No começo eu não aceitava o fato de ter que me guiar por uma bengala e as pessoas comentavam isso, me chateando muito”. Vanessa diz ter hoje outra concepção da vida. “Hoje me aceito como sou. Luto pelos meus direitos. Depois que fiquei cega comecei a sonhar”, relatou. A jovem pretende no próximo ano cursar Serviço Social no Isca.

EDILAINE
Edilaine começou contar a história da filha Luiza, de 9 anos, que tem Síndrome de Down, com a maneira como reagiu ao fato de ter uma filha com deficiência. “Eu nunca me perguntei: por que eu? Pelo contrário. Obrigada, pois eu posso, eu tenho forças para cuidar de uma pessoa especial!”, contou.

Ela destacou que a partir do momento em que você aceita o fato e encara a dificuldade que lhe é imposta, tudo se torna mais fácil. “É só as pessoas mudarem o olhar e vão ver que tudo é possível”, comentou. Luiza faz ballet clássico e estuda em uma escola pública de Limeira. É comunicativa e desinibida.

CLAUDINEI
A história de Claudinei é singular. Sua mãe, segundo os médicos, não poderia engravidar. Em certo momento, ela foi submetida a uma cirurgia para a retirada de um suposto tumor, mas descobriram que era uma gravidez. E não era apenas um bebê, e sim dois. Devido à intervenção cirúrgica, Claudinei e o irmão gêmeo nasceram de sete meses e tiveram paralisia cerebral.

Hoje Claudinei e o irmão trabalham no Isca Faculdades, em períodos distintos. Ele destaca que se orgulha disso. “É uma honra trabalhar aqui”, ressaltou. Sobre a inclusão, em sua opinião ainda falta conhecimento das pessoas sobre a deficiência. “Na realidade, ser diferente é normal”, completou.